quarta-feira, março 15, 2006

Quando comecei...


Depois que li o livro "Meio Século no Limiar do Perigo", fiquei tentando lembrar quando foi que comecei a me aventurar. A bicicleta sempre foi uma paixão desde muito pequeno. Lembro de um episódio em que pilotava minha Caloi azul. Costumava dar voltas no quarteirão de casa. Numa das ruas tem uma lombada, pois é descida. Lá fui eu me aventurar a saltar a lombada. A bicicleta saiu do chão e eu decolei da bicicleta. Ela de um lado e eu, de barriga, do outro. Um carro pára do meu lado e a pessoa pergunta se está tudo bem. Quando levanto, vejo que é minha professora de inglês. Envergonhado, digo que está tudo bem. Tiro a sujeira do peito, pego minha companheira azul e volto pra casa.


Alguns anos depois, a grande aventura era fazer trilha de bicicleta. Passava o domingo todo com os amigos pedalando por estradas de terra que levavam até usinas abandonadas ou cachoeiras. As quedas d'água não eram como essas que visito atualmente, mas dava um frio na barriga por ser dentro de propriedades particulares. No dia dessa foto a gente tinha levado uma corda. Amarramos no pé de uma árvore e resolvemos descer. Primeiro o Irineu, depois o Langui, eu, o Fernando e por último o Biruel. Todos segurando a mesma corda com as mãos. O Biruel se desequilibrou e balançou a corda. Sem querer o Fernando largou e foi escorregando rumo à corredeira. Passou por mim. Tentei agarrar a mão dele, mas escorregou. Foi a vez do Langui tentar, mas escorregou novamente. Por último o Irineu, que também tentou segurar pela mão e não conseguiu. Como última alternativa o Irineu usou o pé. Conseguiu encaixar bem no meio das pernas do Fernando! Quem diria... Foi salvo por um "pé no saco"! E foi minha primeira experiência descendo cachoeiras. Depois disso "a coisa" nunca mais saiu do sangue.

Um comentário:

Lenita Outsuka disse...

Muito legal essa idéia de começar a contar as aventuras! Porque depois que neguinho fica famoso, ninguém nunca lembra de contar como tudo começou... Quero mais histórias, viu? Fique tranqüilo, ninguém comprometeu o filho calado...