sexta-feira, janeiro 19, 2007

La Paloma à Rocha


O tempo que passamos em La Paloma não foi suficiente para nos recuperarmos 100%. Como o trajeto também era maior do que o planejado, resolvemos pedalar apenas 60km. Os outros 65km foram feitos de ônibus.

Saimos de La Paloma antes de amanhecer. A meta era chegar em Rocha, antes das 8h30, horário de saída do ônibus que nos levaria até San Carlos. A pedalada foi tranqüila já que não era tão quente e a distância era curta (30km). Como um pelotão profissional, fomos em fila indiana. O pneu dianteiro de um, quase encostava no traseiro do que ia na frente. O Leonardo liderava o grupo quando, em determinado momento, quase causa uma batida coletiva por ter parado de pedalar. O motivo foi uma carteira jogada no chão! Nela, além de documentos, U$ 1.100,00 (mil e cem pesos uruguaios), o equivalente à R$ 110,00. Felizes com o achado, decidimos entregar a carteira à polícia (sem o dinheiro, claro). Paramos numa viatura que apareceu poucos quilômetros depois. O Leonardo entregou a carteira e o difícil foi fazer o guarda acreditar que não tinha dinheiro dentro. Depois de passar os dados ao policial, seguimos até Rocha.

Rocha parece maior que La Paloma, mas não tem rodoviária. Em frente à praça central estavam a igreja, uma casa de câmbio e as duas companhias de ônibus que nos levaria até San Carlos. Escolhemos a Rutas del Sol porque o ônibus sairia primeiro. Tínhamos que carregar as bicicletas e o cara do guichê disse que teríamos que ver se havia espaço no ônibus. Resolvemos esperar o ônibus chegar pra verificar o espaço. Não compramos as passagens e pedimos para nos avisarmos se poderíamos embarcar ou não. Esperamos, e esperamos... Meia hora depois do horário previsto, o cara do guichê nos pergunta se vamos pra San Carlos. Respondemos que sim. Aí ele avisa que o ônibus já tinha saido fazia 30 minutos. Ficamos revoltados! A sorte é que a companhia ao lado tinha um ônibus que partia em seguida. Esse não perdemos! Embarcamos rumo à San Carlos.

terça-feira, janeiro 16, 2007

La Paloma

Cidadezinha litorânea de casas baixas e com nome. O único prédio da cidade fica ao lado do Hotel Viola, o que facilitava a nossa localização de qualquer ponto da cidade. O hotel era bem simples, mas conseguimos dois quartos pra cada dupla e não um para os quatro. Na frente ficava um pastor alemão bizarro. Foi tosado, mas deixaram os pêlos na cabeça e na ponta do rabo, o que fazia ele parecer um leão. O leão tomava conta do hotel.

Uma avenida principal corta a cidade e o comércio fica todo ao seu redor. Bem no meio dela um museu de baleias com um enorme esqueleto à sua frente. Numa ponta da avenida a Central de Informações Turísticas, na outra o mar. As praias não são lindas, a areia é grossa e a água marrom o que não nos convidou para um mergulho. Caminhamos pela orla até achar o Perla Negra, primeiro restaurante no Uruguai com suco natural de laranja. Tudo bem que a laranja estava passada, mas era natural. De noite voltamos para provarmos a famosa Parrilla. Bleargh! Só miudos e muita gordura!

O sol nem tinha aparecido ainda. Deixamos La Paloma no dia 29, rumo à Rocha.

Fotos de La Paloma

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Chuí à La Paloma

A estrada é plana, mas o vento e o sol judiaram! No meio do caminho paramos pra conhecer o forte Santa Teresa, situado há uns 30km de Chuí. Um pouco antes, um fato curioso. Uma placa com o desenho de um avião. Alguns metros depois, outra placa explicava que a estrada virava uma pista para pouso de emergência. Depois do forte seguimos até Castillos, onde paramos pra reabastecer as caramanholas e camel baks. Saindo de lá, o Pinto ganhou um pneu furado. Depois de remendar continuamos... Já era fim de tarde e todos estavam cansados, mas ainda faltavam muitos quilômetros. Assitimos ao pôr do sol na estrada, pedalando. Chegamos em La Paloma esgotados e sob as luzes das lanternas. Check in no hotel, janta e cama!!!

Fotos do percurso

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Chuí

Chuí só existe por causa da fronteira. A avenida principal divide o Brasil do Uruguai. Cidadezinha chinfrim com alguns hotéis bem pequenos. Por causa do povo dos dois países a língua é o portunhol. Real ou Pesos Uruguaios, tanto faz. Carros velhos e carroças circulam pela cidade. Saímos de lá depois de gastar um tempo sacando e trocando dinheiro, colocando os alforges e ajeitando pra não pegar no pé. Passamos pela aduana e a burocracia foi mínima. Apenas anotaram os números dos documentos e nos deram um cartão de entrada no país. Os uruguaios são bem simpáticos, diferente dos bolivianos. Em um outro posto da aduana, um funcionário nos cumprimentou, perguntou pra onde íamos e sugeriu o melhor caminho. Daí em diante, a pedalada foi longa...

De volta!!!

Como todos perceberam, não foi possível a atualização do blog durante a viagem. Muitas coisas aconteceram, muitas fotos tiradas, muitas histórias para serem contadas... Por isso vou contar aos poucos.

Em resumo, a viagem foi maravilhosa! Conhecemos um pouco do Uruguai e um pouquinho de Buenos Aires. Pedalamos muito, mas não a quantidade prevista. Aprendemos que numa viagem de bicicleta não podemos ter data e lugares já definidos. As estradas cresceram e as pernas e as bundas cansaram.

O sol da bandeira uruguaia nos acompanhou o tempo todo. Nos acordava às 6h da manhã e se despedia às 21h. As noites foram quentes e na falta de ar condicionado, a solução era a janela aberta. A chuva também apareceu, mas foi rápido e de noite. Não atrapalhou em nada.

Português, portunhol e espanhol. De alguma forma nos comunicamos e, por conta disso, rimos muito!


Ainda tem muito pra contar! Hasta!!!